A professora Dalcione Silva, nos brinda com essa excepcional forma de gerenciamento contemporâneo, em seu segundo trabalho de conclusão em Especialização. - do autor do blog.
GESTÃO
CONTEMPORÂNEA NAS ESCOLAS PÚBLICAS:
Uma
Proposta para o Ensino Fundamental
DALCIONE
MARIA CUNHA DA SILVA
O
principal objetivo deste trabalho é realizar um estudo sobre como gestores de
Escolas Públicas do Ensino Fundamental, estão lidando com suas equipes e como
estão ou não, alcançando os objetivos e metas exigidos pelos órgãos de controle
da educação brasileira, notadamente, na Rede Municipal de Ensino, foco das
nossas pesquisas, observações e conclusões.
Para
tanto, apresentamos a hipótese de que os métodos de relacionamentos
interpessoais no trabalho, nãos são os adequados para a administração contemporânea.
Nosso
estudo, destaca as seguintes premissas:
1.
Nosso Gestor precisa ser inovador.
Inovar
é preciso, pois a mesmice cansa as pessoas, a rotina trás a fadiga e o
rendimento da equipe tende a cair, prejudicando os objetivos e as metas a serem
alcançadas.
2.
Servir para ser servido.
Antes
de cobrar resultados, é necessário suprir as necessidades dos integrantes da
equipe, facilitar o cumprimento das tarefas que lhes foram dadas, mostrar que
não é apenas “o chefe” mas o amigo mais experiente, capaz de satisfazer as
necessidades daqueles que se propõem a realizar um trabalho de qualidade.
3.
Saber vender uma idéia.
Mostrar
que, empurrar uma idéia, como única e já pronta, não é um modelo contemporâneo
e democrático, visto que alguns integrantes da equipe podem ter outras idéias
e, essa, pode ser melhor do que a apresentada ou uma complementação dessa.
Assim, mostramos que a idéia inicial, acrescentada de outras, apresentadas por
componentes da equipe, pode ficar bem melhor e mais fácil de ser aceita pelas
comunidades envolvidas na Gestão da Escola, visto que, terá outros defensores.
4. O
convencimento como maior valia.
Antes,
as moedas de maior valia, eram a informação e o conhecimento, seguindo essa
ordem, hoje, continuam sendo moedas importantes, no entanto, o convencimento
tem feito a diferença entre gestores que se propuseram a administrar de forma
democrática e contemporânea e, essa diferença, tem aparecido na obtenção dos
resultados, com o alcance dos objetivos e metas propostas, até mesmo antes dos
prazos estabelecidos.
Esse
novo Modelo de Gestão, aqui defendido, possibilitar uma melhor visão do
processo de sinergia e empatia positiva entre as pessoas contidas nas
comunidades escolares, pois, oferece-lhes a possibilidade de participação
efetiva nas sugestões, nas ações e nos resultados. Em um curto ou no máximo
médio espaço de tempo, os resultados favoráveis a todos com certeza surgirão.
Tivemos
a cautela de não eliminar o líder da Equipe de Gestão, pois, Chiavenato, em
2006, p. 18-19, nos diz que a liderança é necessária em todos os tipos de
organização humana. Ainda, LIPPITT, R e WHITE, R.,1939, citados por,
Possi,2006,p.4-5., destaca os três principais e mais conhecidos estilos de
liderança: o Autocrático, o Democrático e o Liberal, se esses tipos de
liderança existem, é por que são adotados por determinados gestores, nossa
proposta é democrática e contemporânea, sendo essa, mais participativa e
compartilhada.
Buscamos
provar que nossas premissas são verdadeiras, através de entrevistas a quinze
gestores de Escolas Públicas Municipais, do Ensino Fundamental, cuja pergunta
foi:
Como
Diretor(a) de Grupo Gestor de Escola Pública Do Ensino Fundamental, como você
ver a Gestão Democrática pela servidão e suprimento das necessidades das
pessoas?
Para
essa pergunta, apresentamos cinco respostas, as quais facilmente seriam
respondidas pelos entrevistados. A saber:
1.
Vejo como a solução para a questão administrativa da escola;
2.
As pessoas precisam conhecer os Modelos de Gestão;
3.
Os gestores precisam aprimorar esse Modelo de Gestão;
4.
Deve envolver toda a Comunidade Escolar: Gestão, Coordenação, Docentes,
Discentes, Pais e Periférica; e
5.
Desconheço o assunto.
No
capítulo Trajetória Metodológica, apresentamos os resultados obtidos através de
tabelas e gráficos demonstrativos.
Lidar
com pessoas, liderar equipes, gerenciar resultados, tem sido o grande problema
daqueles que se propõem a realizar um trabalho, seja na iniciativa privada,
seja no serviço público. Muitas técnicas de gerenciamento, de fabricação de
líderes, de coordenação, tem sido estudadas e utilizadas pela maioria dessas
pessoas, vários modelos de gestão são apresentados e, logo se ver que ficaram
ultrapassados ou simplesmente não funcionaram. Passamos pela força da
informação, pela importância do conhecimento e agora vivenciamos o poder do
convencimento.
A
era de gestão, a qual vivemos, chega a assustar algumas pessoas as quais ainda
estão acreditando que as moedas anteriormente citadas: informação e
conhecimento, ainda são a grande valia em uma administração, na condução de
pessoas em busca de resultados satisfatórios. Algumas pessoas, sejam gestores
ou colaboradores, ainda não aceitam o fato de que aquele que conduz uma
reunião, é o mesmo que serve o cafezinho para cada um dos participantes, é o
mesmo que distribui a pauta, a caneta e a folha de papel para rascunhos e
pergunta se alguém está com sede ou se estão todos muito bem acomodados.
Quando
o gestor, imbuído de conceitos contemporâneos, apresenta uma sugestão e, pede
aos demais, pelo menos três sugestões de cada um, sobre o assunto, alguns ainda
se mexem na cadeira, sem saber o que fazer.
Então,
é hora de convencer essas pessoas de que suas participações são muito
importante para que a equipe atinja os resultados necessários, que suas
opiniões irão fazer parte do sucesso daquela equipe, daquela Escola – já que
nossa proposta é para as Escolas Públicas, voltada para o Ensino Fundamental.
E
foi justamente a necessidade de acompanhar a evolução no que diz respeito a
gerenciamento, que nos levou a escolher esse tema, pois vimos urgir o tempo,
vimos que essa precisão, em breve será ultrapassada e, não seria justo, pelo
menos acompanha-la para não corremos o risco de pular processos evolutivos.
Acreditamos
sim, que o acolhimento do sentimento do convencimento, trará grandes inovações
na administração com pessoas, pois, um colaborador ou um cliente convencido de
que aquela maneira de fazer é a melhor e que vai apresentar melhores resultados
para todas as comunidades envolvidas, seja de gestores, de docentes, de
discentes, pais, auxiliares e até mesmo, para a comunidade externa, a idéia
será de todos, defendida por todos, vendida por todos e, todos a acompanharão,
a respeitarão pois, pelas sugestões acrescentadas, haverá nessa idéia, um
pedaço de cada um.
Para
chegarmos a essas conclusões, buscamos o pensamento de alguns autores, os quais
perceberam essa evolução muito antes de nós, pouco antes e até um que apesar de
ter usado a força do convencimento a mais de dois mil anos, ainda hoje, as
pessoas se baseiam em seus ensinamentos que são basicamente: SERVIR e SUPRIR AS
NECESSIDADES DAS PESSOAS. É claro que estamos falando de Jesus Cristo.
Todos
precisamos de uma referência, um norte, um líder a seguir, assim como, também
sente a necessidade se ser essa referência, esse norte, esse líder, o que
precisamos saber é que não nos escolhemos para tanto, somos escolhidos. Ou não.
Chiavenato, em 2006, p. 18-19, citado por Carvalho, Milena Skolaude, 1,
Palmeira, Eduardo Mauch, 2, Mariano, Marcela Gonçalves Hernandes,3, em LIDERANÇA
BASEADA NA MOTIVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL COMO ESTRATÉGIA DE
COMPETITIVIDADE DAS ORGANIZAÇÕES, nos diz que a liderança é necessária em todos
os tipos de organização humana.
LIPPITT,
R e WHITE, R.,1939, citados por, Possi,2006,p.4-5., destaca os três principais
e mais conhecidos estilos de liderança: o Autocrático, o Democrático e o
Liberal, nossa proposta é democrática, sendo mais participativa e
compartilhada.
Muito
já se abordou e se escreveu sobre o assunto, no entanto, os estudos e
ensinamentos baseiam-se basicamente citando as duas primeiras valias
anteriormente apresentadas: informação e conhecimento. O mundo daquele que
administra com pessoas é de uma dinamicidade incrível ,pois, o que foi
apresentado hoje como novidade, amanhã pode estar obsoleto, ultrapassado,
jurássico até.
Como
dissemos, a utilização de nossa proposta, que é basicamente administrar pela
servidão e pelo suprimento de necessidades, logicamente que, agregam-se a essas
duas vertentes, a ética, a moralidade, o exemplo, as atitudes corretas e ações
efetivas, será de grande relevância social para as comunidades envolvidas no
processo pois, essas, terão bons resultados, terão um retorno favorável naquilo
que pretendiam, suprindo suas necessidades básicas de bem estar e conforto
social.
Academicamente
falando, será uma excelente fonte de consultas para aqueles que desejarem se
aprofundar no assunto, e aqui, autorizamos toda e qualquer consulta com fins
acadêmicos, sendo esse, um dos grandes objetivos desse trabalho: a orientação
daqueles que queiram ou precisem de um aprofundamento do tema.
Nossa
contribuição, para aqueles que sentem
dificuldades em administrar com pessoas ( não concordamos com a expressão:
Administrar Pessoas). Visto que as pessoas tem livre arbítrio, por isso a
proposta do convencimento e do compartilhamento de idéias e, ainda, a servidão
e o suprimento de necessidades. Então se as pessoas pensam, não podem ser
administradas, mas podem contribuir em muito, em uma administração, desde que,
repetimos, se convençam de que o caminho apresentado, é o melhor caminho a ser
seguido.
No
capítulo: O Poder do Convecimento, explicamos essa necessidade, como devemos
fazer uma abordagem, ou como não devemos fazer, o que dizer e o que não dizer
ou apresentar ou não apresentar. Infelizmente, esse poder vem sendo usado por
algumas pessoas, de forma distorcida, assim o fazem, alguns políticos, alguns
“lideres” religiosos, alguns vendedores de qualquer coisa, os quais aprendem
técnicas de persuasão, adotam estratégias de marketing, fazendo de tudo pra
vender um serviço ou produto, os quais muitas vezes não se está nem precisando,
por um preço absurdo, e, ainda, de qualidade duvidosa.
Dividimos
este estudo, em seis capítulos onde, em cada um deles, mostramos as
necessidades e a evolução dessa ciência tão difícil que é administrar, em cada
capitulo, procuramos citar autores de relevância, conhecidos, com teorias e
praticas mais do que utilizadas com excelentes resultados.
O
primeiro capitulo, aborda os estilos de liderança mais conhecidos, em seguida,
mostramos a desvantagem da liderança autocrática na gestão de equipes. No
terceiro capitulo, apresentamos os desafios da gestão contemporânea, e logo
após, modelos de gestão e, para finalizar, destacamos o poder do convencimento
e a diferença entre persuadir, influenciar e convencer.