SUTIÃS AO ALTO

Pierre Verdy/AFP.

Mulheres jogam sutiãs para o alto em frente a torre Eiffel, em Paris, a favor de uma maior sensibilização da sociedade ao câncer de mama. O evento é promovido pela organização francesa "Bazza Bra Pink"r

MORTES DE JOVENS EM NATAL

Em 10 anos, morte de jovens aumenta 1.000% em Natal (RN).

Cenário de um aumento vertiginoso nos homicídios de jovens na década passada, Natal (RN) ainda tenta entender as causas da violência em meio a sinais da ação de grupos de extermínio.

A taxa de homicídios de crianças e adolescentes (até 19 anos) na cidade subiu de 2,9 para 30,5 por 100 mil jovens entre 2000 e 2010 --salto de 952%, o maior no período entre as capitais.

Apesar da explosão de casos, a capital ainda é a décima onde mais se matam jovens no país --Maceió tem a maior taxa, 79,8.

Governo e Ministério Público investigam se quadrilhas de extermínio de jovens estão por trás dessas estatísticas.

Relatos de homens encapuzados em carros sem placa em busca de alvos predeterminados são recorrentes --para a Justiça, são indícios da ação desses grupos.

Autoridades apontam a falta de vagas para internação de jovens infratores como um dos propulsores da violência.

Por lei, mesmo após condenação, o adolescente deve ser liberado se não houver vagas no sistema socioeducativo.

Em fevereiro, havia apenas 75 adolescentes internados no Rio Grande do Norte, segundo a Promotoria. O poder público desconhece a dimensão do deficit de vagas.

Segundo o promotor Leonardo Nagashima, o problema se agravou após a recente interdição do maior centro de internação, em Parnamirim, na Grande Natal, por problemas de superlotação.

'BARBÁRIE'

"Quando o Estado não pune, a sociedade faz justiça com as próprias mãos", afirma o juiz da Infância e da Juventude Homero Lechner.

"Aí existe a possibilidade de criação de mecanismos de eliminação desses jovens. Seria a volta à barbárie", diz o magistrado, um dia após ter condenado 12 jovens --liberados pela falta de vagas.

O envolvimento com drogas, como usuário ou traficante, explica boa parte das mortes na periferia de Natal.

Bairros como Felipe Camarão e Nossa Senhora da Apresentação estão entre os mais críticos, segundo o Obijuv (Observatório da População Infantojuvenil) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O último é carente de equipamentos públicos, como escolas e áreas de lazer. Já Felipe Camarão tem postos de saúde, creches e ONGs atuantes. Apesar disso, a violência mostra que ações do poder público e de ONGs não atraem todos os jovens, criando uma "periferia da periferia", avalia a psicóloga Daniela Rodrigues, do Obijuv.

Os cursos oferecidos buscam atender a demandas da cidade --ligadas sobretudo ao turismo--, e não às necessidades dos jovens, diz.

"Uma parte da juventude quer ser garçom, mas outra, não", diz a assistente social Shirlenne Santos, do Obijuv.

E se os dados do Mapa da Violência atestam a explosão das mortes de jovens em Natal, o próprio governo do Estado demonstra dificuldade na identificação da situação.

Procurada pela Folha, a Secretaria da Segurança Pública do Estado não informou quantas crianças e adolescentes foram mortos em Natal em 2011 e 2012. Tampouco apresentou justificativa.

FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/

BEBÊ NUMA CAIXA DE SAPATOS

Recém-nascido é encontrado em caixa de sapatos em Salvador (BA).

BRUNO MOLINERO

DE SÃO PAULO

Divulgação/Polícia Militar da Bahia

Divulgação/Polícia Militar da Bahia

Um bebê recém-nascido foi encontrado dentro de uma caixa de sapatos abandonada num ponto de ônibus de Salvador (BA) na noite desta sexta-feira (22).

O menino foi achado por policiais militares que faziam uma ronda pelo bairro Lobato, numa região pobre da capital baiana. Quando passaram em frente à parada, os policiais suspeitaram do conteúdo da caixa.

Ao abri-la, encontraram o bebê envolvido num cobertor. Ele ainda estava com o cordão umbilical e parte da placenta.

A criança foi imediatamente levada ao Hospital do Subúrbio, em Salvador, onde foi examinada e medicada.

Na manhã desta sábado (23), o menino foi transferido para a Maternidade Albert Sabin e não apresenta problemas de saúde.

Segundo a polícia, um inquérito deve ser aberto para identificar a mãe e descobrir quem abandonou a criança.

O responsável pode responder judicialmente pelo crime de abandono de incapaz, com o agravante de ser um recém-nascido.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/