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sexta-feira, 22 de março de 2013

VITÓRIA DA MORTE SOBRE A VIDA


Após polêmica, 'caveira' é retirada da farda do Bope da PM da Paraíba.

O uso da caveira como símbolo do Bope gerou protestos do Conselho Estadual de Direitos Humanos e um discurso àspero do deputado Luiz Coputo (PT), na tribuna da Câmara Federal.

Símbolo utilizado na farda militar

O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar da Paraíba (Bope) está proibido de usar, em sua farda, o símbolo do punhal encravado numa caveira. A determinação deve ser publicada no boletim interno da PM que circulará nesta sexta-feira (22), mas os integrantes do Bope já retiraram o emblema de suas fardas nesta quinta.
O uso da caveira como símbolo do Bope gerou protestos do Conselho Estadual de Direitos Humanos e um discurso àspero do deputado Luiz Coputo (PT), na tribuna da Câmara Federal. A polêmica ficou ainda mais acirrada depois da quinta-feira passada (14), quando, durante a comemoração do primeiro ano de aniversario do Batalhão Especial da Polícia Militar da Paraíba, o comandante geral da PM, coronel Euller Chaves, vestiu o uniforme preto com o símbolo.
Durante a solenidade foi hasteada uma bandeira preta, ostentando o desenho do punhal cravado na caveira, juntamente com a bandeira nacional e a bandeira do Estado da Paraíba. A solenidade ocorreu em frente ao comando geral da PM, na praça Pedro Américo, centro de João Pessoa.
Em carta pública, o comandante do Bope, major Jerônimo Pereira da Silva Bisneto, defende o uso do símbolo. "O Estado Democrático de Direito deve ser preservado e aplicado a todos dentro do território nacional e, isso implica que também nós, policiais militares e policiais do BOPE, devamos ter nossos direitos preservados, direitos a pensar, a seguir convicções filosóficas e continuar acreditando que a 'faca na caveira' significa a vitória da vida sobre a morte, com sabedoria, poder, força e invencibilidade frente à criminalidade", argumenta.
O deputado Luiz Couto (PT) havia ocupado a tribuna da Câmara Federal, na segunda-feira (18), para denunciar que o comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, estaria desobedecendo determinação do governador Ricardo Coutinho.
Na opinião do deputado, o coronel queria implantar o símbolo da caveira na instituição.
Couto disse que apesar do governador já ter se pronunciado, por mais de uma vez, que não aceitaria o uso desse emblema na polícia, há, segundo ele, registros de que o coronel Euller utilizou o símbolo durante uma solenidade, em que estava vestido de preto, e ainda gritou o nome ‘caveira’ com o microfone na mão em plena praça diante do público. “Isso precisa ser analisado com mais profundidade”, defendeu o parlamentar.
Luiz Couto destacou que as entidades defensoras dos direitos humanos na Paraíba manifestaram, em documentos entregues ao comandante geral e ao governador Ricardo Coutinho, o repudio aos crimes de apologia e defenderam o cumprimento da Resolução Ministerial nº 8, de 20 de dezembro de 2012, art. 2°, inciso XVII.
Couto pediu que as autoridades da Paraíba analizassem os documentos e que cumprissem "as determinações das resoluções ministeriais na forma de acolhimento ao clamor público”.
O deputado federal considerou que os policiais que "aderissem à essas atrocidades, que sejam punidos conforme a lei”., completou.
Para os integrantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos, é motivo de preocupação não apenas o uso de caveira como símbolo, mas também de figuras "de animais raivosos, jargões em músicas ou jingles de treinamento que fazem apologia ao crime e à violência, com a escusa de que os policiais se sentem mais estimulados para o trabalho".
Eles protocolaram junto ao quartel do comando geral da PM da Paraíba a resolução ministerial nº 08, de 21 de dezembro de 2012, que orienta as Polícias a não utilizarem tais símbolos. "Entendemos que esta permissividade contraria princípios constitucionais, tratados de direitos humanos e a Resolução Ministerial acima mencionada, afrontando o Estado Democrático de Direito. É sabido que a violência impregnada nesses símbolos e práticas desumaniza os trabalhadores da Segurança Pública que acabam manifestando o ódio e a raiva apreendidos no tratamento dispensado à população jovem, negra e mais pobre do Estado, além de contrariar a política de segurança em voga pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Paraíba e do Governo do Estado da Paraíba", enfatizaram os integrantes dos Direitos Humanos.
O major Bisneto, comandante do Bope, rechaça a ideia de que a caveira e o punhal remetam à apologia ao crime. "Em nosso escudo nada há de apologia ao crime e a violência, pois esta última manifesta-se de várias maneiras: em guerras, conflitos religiosos, étnicos, preconceito, discriminação, fome, miséria, contra a mulher ou contra a criança", defende-se na carta.



Eis a carta do comandante do Bope, na íntegra: 



“Caveira do BOPE: símbolo da sabedoria, do poder, da força e da invencibilidade da polícia militar frente à criminalidade e a violência no Estado”


Desde os primórdios da humanidade há diversos entendimentos quanto aos símbolos e seus significados. O termo “símbolo” tem origem no grego e sendo um signo é sempre algo que representa outra coisa ou alguma coisa para alguém. Os símbolos estão em diversas áreas da vida em sociedade, na  comunicação entre os indivíduos, povos e nações, além de abastecerem as práticas religiosas, espirituais, metafísicas, filosóficas e etc. Em se constituindo um elemento essencial no processo de comunicação encontra-se bastante difundido no quotidiano. Nesse argumento, alguns símbolos são reconhecidos internacionalmente, outros nacionalmente e por fim, alguns só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural, filosófico, etc).
A representação específica para cada símbolo será o resultado de um processo natural ou convencionada para que o receptor, uma pessoa ou grupo delas, consiga interpretar seu significado e sua conotação. A semiologia e semântica se encarregam desse papel.
Um dos símbolos mais mal interpretados em nossa sociedade é justamente o símbolo da “Caveira”, que decodificado, por alguns, estaria associado à morte, a letalidade ou perigo de vida. Para que possamos esclarecer essa decodificação e descortinar essa ignorância sobre a heráldica do BOPE, não só da nossa Briosa, mas de todas as coirmãs que ostentam a Caveira como broquéis em suas bandeiras ou flâmulas e em suas fardas, analisamos que o ser humano em morte, ao se decompor, apresentará apenas ossos e dentes, essa seria a morte física, carnal, que tanto entrelaça a figura da Caveira com a morte. Contudo, lembremos que em vida, ela, a caveira, nos oferece sustentação, dureza e proteção para o corpo físico. E precisamos muito dessa sustentação. A caveira, em sua observação metafísica, representa uma grande mudança na vida, onde talvez a morte fosse a maior delas. Um novo ciclo. É um símbolo que nos remete a pensar que estamos aqui de passagem, em caráter transitório, pela vida, nos mostrando que todos somos iguais por dentro, não temos sexo, cor, classe social, preferências sexuais, raça, idade, ou quaisquer outras formas discriminatórias, o que nos remete ao nosso Preâmbulo Constitucional e Princípios Fundamentais, em seus Artigos 1º e 3º , em nossa Lei Maior, estruturando e fundamentando o Estado Democrático de Direito.
O primeiro BOPE – Batalhão de Operações Especiais foi criado, no Brasil, em 1978, com o nome inicial de “Núcleo da Companhia de Operações Especiais”, pelo Tenente-coronel da PMRJ Paulo Amêndola, que explica que o símbolo representa “vitória sobre a morte”. Essa simbologia, a Caveira, é utilizada em praticamente, todos os Batalhões de Operações Especiais, com essa mesma representação e decodificação.
Em algumas culturas, a Caveira também significa poder, força e invencibilidade. Em nosso Estado, há um ano foi criado o Batalhão de Operações Especiais, através da LC nº 87, de 03 de dezembro de 2008, adotando em sua Heráldica o Escudo Português Clássico nas cores cinza e preto, representando o sigilo das operações especiais e a disposição de operar em atividades rotineiras ou em missões inóspitas e intempestivas, tendo ao centro a figura de uma Caveira (crânio) que simboliza a inteligência e a coragem de um guerreiro, bem como o desprendimento pessoal para cumprimento de suas atribuições. Essa Caveira está cravada com a espada da justiça de baixo para cima, simbolizando “a vitória da vida sobre a morte”, e ao fundo o mapa do nosso Estado que representa nossa área de atuação e com a Caveira a sua frente simbolizando que este Batalhão cuida, zela, vela e protege todo o Estado da Paraíba, não devendo, portanto, ter a simbologia de seu escudo associado a símbolos ou apologias ao crime e a violência, mas sim, a imagem de uma Unidade Militar pronta para servir e proteger a sociedade paraibana, posto que robustecendo esse escudo encontra-se o lema de “preservar vidas e aplicar a lei”.
A expressão “faca na caveira” remete ao fim da Segunda Guerra Mundial, onde após um combate, um Oficial inglês, ao ter conseguido invadir um Quartel de Comando Alemão Nazista e dominar suas tropas, encontrou sobre a mesa de um Oficial auxiliar do ditador Adolf Hitler, uma caveira e cravando o seu punhal sobre ela, ostentou o lema da “vitória da vida sobre a morte”, morte essa, que era disseminada nos campos de concentração atestando toda história que já nos é conhecida.
Nossa Briosa e nosso Batalhão tem conhecimento da Resolução 08-2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que após suas considerações RECOMENDA, dentre outros itens: “XVII - é vedado o uso, em fardamentos e veículos oficiais das polícias, de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim como de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à violência”, ora... vimos no inicio desse documento que os símbolos são codificados por pessoas e decodificados também por estas, logo, sua interpretação será também influenciada por seus princípios, convicções sociais, políticas, filosóficas e etc.
Para nós, policiais militares, a Caveira simboliza poder, força e invencibilidade. Um poder que segundo a Sociologia é a habilidade de impor sua vontade sobre os outros, sendo essa vontade, não a nossa como pessoa física, mas sim a vontade da lei a que nos defende o Art. 144 da CF. A força que nos representa a superação do treinamento e do rigor da vida policial militar, além do Estado forte a que representamos, em seus diversos campos, a exemplo do político, com o próprio nome da capital, ao campo poético e literato como o destacado Augusto dos Anjos e outros nomes nacionalmente reconhecidos e, por fim a invencibilidade de nossa Caveira, simbolizando que a Polícia Militar deve ser invencível frente à criminalidade em nosso Estado.
Em nosso escudo nada há de apologia ao crime e a violência, pois esta última manifesta-se de várias maneiras: em guerras, conflitos religiosos, étnicos, preconceito, discriminação, fome, miséria, contra a mulher, contra a criança, o idoso e enfim... esse termo é oriundo do latim “violentia” que significa violação, que se tratando de direitos humanos, a violência abrange todos os atos de violação dos direitos: civis (liberdade, privacidade, proteção igualitária); sociais (saúde, educação, segurança, habitação); econômicos (emprego e salário); culturais (manifestação da própria cultura) e políticos (participação política, voto). Logo, esses são direitos que protegemos todos os dias nas ruas do nosso Estado. Não obstante a essas acusações infundadas, deve-se observar que a Caveira do BOPE não faz apologia ao crime, pois sendo esse um fato típico, de um comportamento humano que provoca, em regra, um resultado, previsto em lei penal como sendo uma infração, e que será penalizado pelo braço punitivo do Estado, não se aplicando a essa simbologia.
Dessa forma, o escudo do BOPE da PMPB, não contraria o item XVII – da Resolução 08-2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, pois não remete a crime e nem a violência, sob ótica de comandantes e comandados deste Batalhão, pelo já exposto. Que sobre Direitos Humanos os militares do BOPE – PMPB, estão sempre em contato e cumprimento com os tratados internacionais ratificados pelo Brasil, e em seu corpo de Oficiais e Praças há militares habilitados, com cursos na área específica, inclusive com um integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos, o 1º SGT Astronadc Pereira de Morais, membro e partícipe da causa de defesa dos direitos do homem e da dignidade da pessoa humana nesse Estado e que inclusive, trabalha no GATE – Grupo de Ações Táticas Especiais, Companhia do BOPE, desde de 1998, ou seja, há 15 anos, que veste a farda do GATE, agora BOPE, com seu escudo de Caveira e que em nada adjudica de apologia ao crime ou a violência, nem tampouco de conteúdo intimidatório ou ameaçador. Nota-se aqui que esse Batalhão e seu escudo não devem ser motivos de preocupação ou repúdio como destacou os militantes do ajuizado Conselho, posto que se dessa forma o fosse como se explicaria um membro militante do seu próprio Conselho vestindo-a diariamente em suas atividades.
Quanto a gritar em praça pública “CAVEIRA”, como se expos o documento, nos referimos ao que todas as Unidades Militares do Brasil fazem durante as formaturas ao ser dado o Comando de “A vontade”, ou “Fora de Forma”, que diga-se bradar ao que se refere o escudo do seu Batalhão. Sendo mais claro: o Batalhão do Exército de Guerra na Selva, brada “SELVA”, as Unidades-Escolas bradam “ACADEMIA” ou “CFAP”, o Batalhão Ambiental brada “Operações Ambientais” e assim sucessivamente.
Quanto à leitura da Resolução em questão, fica óbvio que já tínhamos conhecimento e que não nos postamos contra a mesma, contudo, não estamos em desacordo com ela, como já foi explicitado anteriormente.
Quanto à polícia que esse Conselho de Direitos Humanos deseja, esperamos que seja a mesma que nós, integrantes do BOPE, trabalhamos todos os dias com afinco para construí-la, uma polícia cumpridora de suas atribuições constitucionais, com respeito à dignidade da pessoa humana, como princípio fundamental, além de tratamento igualitário á todos e sem distinção, nos termos da CF, ajudando o Estado e a nação a construírem uma sociedade livre, justa e solidária, mantendo a ordem, a paz e repudiando processos discriminatórios.

Por fim, o Estado Democrático de Direito deve ser preservado e aplicado a todos dentro do território nacional e, isso implica que também nós, policiais militares e policiais do BOPE, devamos ter nossos direitos preservados, direitos a pensar, a seguir convicções filosóficas e continuar acreditando que a “faca na caveira” significa a vitória da vida sobre a morte, com sabedoria, poder, força e invencibilidade frente à criminalidade.

JERÔNIMO PEREIRA DA SILVA BISNETO – MAJ QOC
Comandante do BOPE

FONTE: http://portalcorreio.uol.com.br/


quinta-feira, 21 de março de 2013

APROVEITA, MULHERADA.


Mulheres também podem pedir o companheiro em casamento.

Mayara Alves
Do UOL, em São Paulo




No imaginário coletivo, não tem jeito, quem costuma se ajoelhar com uma aliança em mãos é o homem. Mesmo hoje, após muitas conquistas do sexo feminino, a grande maioria dos pedidos é realizada pelos namorados. Sendo assim, muitas mulheres ficam apenas esperando pelo dia em que ouvirão uma declaração de amor e, enfim, colocarão o anel de noivado.
No entanto, o desenrolar do relacionamento não precisa ser assim. "As mulheres podem, sim, fazer o pedido e sem constrangimento! Essa postura mostra uma nova perspectiva de valores e costumes inseridos na sociedade, que tendem a mudar com o avanço das décadas", afirma Alexandre Bez, psicólogo e especialista em relacionamento pela Universidade de Miami (EUA).
Na maioria das vezes, a espera do pedido é tão automática que nem passa pela cabeça da mulher pedir a mão do companheiro, mas isso tende a mudar. Segundo Alexandre, o fator primordial dessa evolução feminina ocorreu no final dos anos 80 e no começo dos anos 90, fase responsável pela recolocação da mulher no mercado de trabalho, proporcionando novas possibilidades de desenvolvimento e independência financeira. "Consequentemente, abriram-se os caminhos da mulher para encontrar também sua liberdade psicoemocional. Surgindo uma nova postura, em que novas ações são efetivadas de acordo com seus desejos. Ações essas que eram impensadas pela proibição imposta num passado recente", diz o especialista.
Mas, ainda segundo o psicólogo Bez, nem sempre a atitude feminina no mercado de trabalho tem ligação com as atitudes dentro do relacionamento. "A mulher pode ser ativa profissionalmente e, ao mesmo tempo, esboçar uma postura oposta em seus relacionamentos. Fatores como carência, necessidade, proteção, aconchego e satisfação sexual é que irão ser condizentes com o temperamento praticado pela mulher em sua relação", acrescenta Bez.
Hesitação feminina
O medo de fazer o pedido costuma vir de uma possível reação negativa do homem. Medo que, na realidade, não precisa existir. "A igualdade na relação e as diferenças pessoais justamente podem fazer o parceiro esperar um pouco mais de atitude da mulher. Não é mais raro ver um homem e uma mulher serem amigos. Os sexos podem ter idêntica participação na relação", explica Rafael Higino Wagner, psicólogo e coaching amoroso da Agência Free Love.

Ainda segundo ele, é comum que os homens relatem um intenso medo em relação a esse momento de fazer o pedido, já que sentem como se a decisão pesasse toda em seus ombros e tudo que possa acontecer após o pedido seria responsabilidade dele. Por isso, um pedido feminino pode ser a solução ideal para homens com esse perfil.
E foi com uma reação bem positiva que o músico, Marcos Bohrer, 23 anos, recebeu o pedido de casamento de sua namorada Bárbara Bela, 26. "Quando fizemos um ano de namoro, em julho de 2009, eu o presenteei com um livro. Na dedicatória, fiz o pedido de casamento", conta Bárbara. "Enquanto escrevia a dedicatória, fiquei tão empolgada que acabei fazendo [o pedido]. Depois de quatro meses, fomos morar juntos e, em um ano, formalizamos nossa união."
 Mas, diferentemente de Bohrer, alguns homens ainda não veem esta atitude feminina com bons olhos. É preciso se certificar de que o seu namorado não faz parte deste grupo. "Alguns ainda gostam de tomar sempre a rédea das situações. Então, se seu namorado já deu indícios de que gosta de decidir tudo, mas "não sai do lugar", é interessante sugerir a ele o momento do pedido, em vez de agir de primeira", aconselha Wagner.
Prepare-se
Antes de correr para fazer o pedido, é importante que você analise alguns detalhes da sua vida. Segundo Rafael, fazer o pedido é algo romântico e pode ser muito bem recebido pelo parceiro, mas se isso for mais uma atitude que reforça uma postura dominadora da mulher dentro da relação, pode assustar o rapaz.

"As mulheres assumem postos de chefia que exigem extrema autoridade e muitas acabam levando esse papel para suas casas e decidindo sozinhas que chegou a hora de casar, não levando em consideração o momento que seu parceiro está vivendo, o envolvimento do namoro e as chances de tudo dar certo", alerta Rafael Higino Wagner. Por isso, é importante ver se o pedido envolve um desejo do casal ou apenas uma imposição da mulher, que pode ter o costume de ter estes tipos de atitudes em outras áreas da sua vida.

E a aliança?
Apesar da liberdade que a mulher de hoje tem ao pedir a mão do namorado, por questões de cavalheirismo, a aliança ainda deve partir do homem, segundo fontes consultadas pela reportagem. "Não precisa chegar a esse ponto, isso pode e deve continuar a cargo do homem", afirma Fabíola Prada, da Happinness Eventos.

Para Ivna Muniz, consultora de etiqueta e marketing pessoal, em termos de regra de comportamento, as alianças também devem partir do homem. "De forma alguma a mulher tem a necessidade de comprar a aliança. Isso é uma regra de comportamento. Mas, se ela achar que deve, também pode comprar."
Então, se você está mesmo decidida a fazer o pedido, lembre-se de, antes, fazer algumas perguntinhas para si mesma. Será que esse é o momento certo? Meu parceiro mostrou que quer o mesmo que eu? Conheço bem os defeitos dele e ele os meus? Conseguimos lidar com nossas limitações? Estamos em um momento bom de nossas vidas? Se concluir que realmente chegou a hora, então é só fazer a proposta!
FONTE: http://mulher.uol.com.br/casamento/

ENEM : RESULTADO DAS DENÚNCIAS


Enem teve mais de 300 corretores de redação afastados, diz Inep.

Avaliadores foram afastados por baixa qualidade, diz presidente do Inep.
Enem 2012 teve 5.692 corretores que avaliaram média de 1.700 textos.


O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, afirmou que mais de 300 corretores contratados para avaliar as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012 foram afastados do processo de correção das provas. Em entrevista ao G1, Costa explicou que os corretores foram afastados porque seus supervisores verificaram que eles não cumpriram os requisitos de qualidade.
"Os corretores têm um supervisor que vê a qualidade, nós temos 23 itens de checagem de qualidade. Ele faz checagem, quando não havia jeito, se não estava cumprindo, os corretores que foram retirados", afirmou o presidente do órgão responsável pelo Enem.
Nesta semana, as redações de dois estudantes levantaram o debate sobre o critério de correção do Enem pela peculiaridade dos textos, que incluíram, no meio da dissertação sobre imigração no século 21, trechos do hino do Palmeiras e de uma receita de miojo. A nota final da prova deles foi 500 e 560, respectivamenNa edição de 2012 do exame, o número de corretores aumentou em 40%, principalmente porque as regras da correção foram alteradas e previam um aumento no número de redações que passariam por um terceiro corretor.
Segundo Costa, foram contratados 5.692 corretores, 234 supervisores de avaliação, 468 auxiliares e dez subcoordenadores pedagógicos para o processo de avaliar as redações. O número de avaliadores afastados representa menos de 6% do total.
O presidente do Inep negou que os corretores tivessem uma carga de redações acima do ideal para que a correção fosse criteriosa e disse que o preço pago por redação corrigida aumentou de R$ 1,65 para R$ 2,35. "O valor é extremamente coerente com o que se paga em todas as universidades", afirmou.
Treinamento dos corretores
Para contratar os corretores, Costa afirmou que enviou ofícios a todas as universidades públicas do país pedindo que os reitores das instituições indicassem profissionais formados em letras com experiência no assunto. O diploma de graduação no curso é um requisito obrigatório para que o profissional atue na correção e, segundo o presidente do Inep, a titulação é confirmada nos casos em que o avaliador não é indicado em ofício pelos dirigentes das universidades.te --a pontuação vai de 0 a 1.000.
Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep (Foto: Reprodução)
Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep
(Foto: Reprodução)

"Muitos corretores são indicados por instituições. Se eu tenho um reitor que me indica, eu tenho total confiança nessa indicação", afirmou.
Ele disse ainda que todos os avaliadores contratados receberam treinamentos presenciais e à distância durante um período de 100 dias. Antes da data do Enem, eles passaram por dois testes: no primeiro, eles deveriam corrigir redações com temas aleatórios e, depois da realização do Enem, os corretores treinaram a correção de redações com o tema da prova: "Movimento imigratório para o Brasil no século 21".
1.700 redações por corretor
Já durante a correção oficial, que dura pouco mais de 30 dias, Costa explica que cada corretor acaba cumprindo seu próprio ritmo de trabalho.

Todos recebem, pela internet e a cada 24 horas, um "envelope eletrônico" de 50 redações separadas por um sistema que mistura redações de vários estados e de candidatos da rede pública e da rede privada.
Caso um corretor consiga avaliar as 50 redações com qualidade, ele pode receber um segundo lote dentro desse período de 24 horas. Isso acontece com mais frequência, de acordo com o presidente do Inep, nos primeiros dez dias do período de correção.
Edital pode ter novas regras para a redação
Costa afirmou ainda que as regras da correção da prova de redação podem mudar novamente neste ano, incluindo a possibilidade de anular as redações com trechos que caracterizem "deboche", a exigência de que uma nota 1.000 só seja dada caso o texto não tiver nenhum erro, por menor que seja, e até mudar o sistema de pontuação para que, em vez de uma nota de 0 a 1.000, o estudante seja avaliado por meio de conceitos como bom e ótimo.

Ele afirmou que vai encaminhar à comissão que elabora as regras do edital uma proposta para estudar a viabilidade técnica de dar nota zero a uma redação "quando ficar caracterizado que é claramente um deboche, ou desrespeito aos demais participantes" do exame.
"Deve ter nota zero? Eu creio que sim, tenho que separar o joio do trigo. Só que tenho que fazer isso com muita cautela, porque pode ser que o estudante de repente tenha um branco, saia do tema, mas faça com seriedade, e depois volte ao tema. Esse não pode ser prejudicado"
Luiz Cláudio Costa
Presidente do INEP


"Deve ter nota zero? Eu creio que sim, tenho que separar o joio do trigo. Só que tenho que fazer isso com muita cautela, porque pode ser que o estudante de repente tenha um branco, saia do tema, mas faça com seriedade, e depois volte ao tema. Esse não pode ser prejudicado", disse Costa ao G1, ao afirmar que vai encaminhar a proposta aos membros da comissão responsável por elaborar o edital do Enem 2013, previsto para ser divulgado em maio.
Se aceita pela comissão, a mudança poderá render a nota zero a textos parecidos aos que, no ano passado, tiveram pontuação baixa, mas não foram anuladas. O estudante de medicina Fernando César Maioto Júnior, de 21 anos, tirou a nota 500 ao escrever um texto sobre imigração que incluiu trechos do hino do Palmeiras. No segundo caso, o autor da prova, o estudante de engenharia civil Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de 19 anos, acabou avaliado com a nota 560 ao transcrever uma receita de miojo na redação.
O objetivo dos dois era provar que os corretores não liam as redações com atenção e, por isso, a nota dos candidatos era aleatória. Luiz Cláudio, porém, afirmou que a nota de ambos, com penalização similar, prova justamente que o sistema funciona.
"Nem todo mundo sabe o hino de todos os times do país. Não pode prejudicar o estudante sério, mas procurar identificar aquele que está fazendo até em desrespeito aos outros e ao sistema, como já existe hoje com os impropérios."
A comissão responsável pelo edital do Enem tem quatro membros do próprio Inep e quatro membros de outras instituições do país. Costa explicou que, no Brasil, existem várias correntes e opiniões sobre a avaliação pedagógica de uma redação, e que o órgão considera os diferentes argumentos. "Essa discussão técnica é boa. Algumas pessoas dizem que a nota mil tem que ser assim dessa forma, que pode ter alguns desvios, mesmo quando estudantes mostram que têm domínio da norma", diz ele, citando também outras correntes que defendem que uma redação com nota máxima não pode ter nenhum erro.
Além disso, ele afirmou que algumas universidades brasileiras defendem avaliar as redações com conceitos para encaixar os estudante em categorias de acordo com seu desempenho, como ruim, regular, bom ou ótimo. "O edital, como nós tivemos do ano passado para esse, é um sistema em evolução, temos muita humildade para ouvir as opiniões", disse.
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/

CÂNCER DE MAMA EM JOVENS

Estudo americano aponta aumento de câncer de mama entre jovens.

Em estudo publicado na revista americana JAMA, publicação especializada da Associação Médica Americana, especialistas apontaram que o número de mulheres com câncer de mama dobrou na faixa entre 25 e 39 anos. A pesquisa foi feita nos Estados Unidos e analisou o período dos últimos 30 anos. De acordo com os pesquisadores, isso representa um aumento médio ponderado de 2,07% por ano durante o período de 34 anos.
Segundo pesquisadores, "a trajetória da tendência da incidência prevê que um número cada vez maior de mulheres jovens nos Estados Unidos apresentará câncer de mama metastático em um grupo de idade que já tem o pior prognóstico, rotinas de detecção não recomendadas, um seguro mínimo de saúde e a maior quantidade de potenciais anos de vida".

No Brasil
O câncer de mama está entre o segundo tipo mais frequente no mundo. Mais comum entre as mulheres, corresponde a 22% dos casos por ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Saúde
Como a busca por saúde de qualidade vem crescendo, cursos de especialização se tornam necessários para os profissionais que atuam na área. As mulheres, por tradição, tem maior preocupação com sua saúde e lideram a busca por profissionais. Esse aumento gera um crescimento de mercado.
FONTE: http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.

EM DEFESA DO ABORTO


Médicos defendem abortos até a 12ª semana de gestação.

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

A proposta de dar à mulher a opção de interromper a gravidez até a 12ª semana, ampliando os casos previstos de aborto legal, ganhou o apoio de conselhos de medicina.
A posição é inédita e respalda o anteprojeto da reforma do Código Penal entregue ao Senado no ano passado, de acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina).
O entendimento foi aprovado pela maioria dos conselheiros federais de medicina e dos presidentes dos 27 CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) reunidos em Belém (PA) no início do mês. Antes disso, o tema foi debatido internamente por dois anos.
"Defendemos o caminho da autonomia da mulher. Precisávamos dizer ao Senado a nossa posição", diz Roberto D'Ávila, presidente do CFM.
O anteprojeto, preparado por uma comissão de advogados e especialistas, propôs a ampliação das situações previstas para o aborto legal.
Inclui casos de fetos com anomalias incompatíveis com a vida e o aborto até a 12ª semana da gestação por vontade da mulher --neste caso, desde que médico ou psicólogo constate falta de "condições psicológicas".
Os conselheiros vão além do anteprojeto e rejeitam a necessidade do laudo desse do médico ou psicólogo.
A posição será encaminhada à comissão especial do Senado que analisa a reforma do Código Penal. A previsão era que o parecer final dessa comissão fosse apresentado este mês. O prazo, porém, foi suspenso para dar mais tempo para debates e análises.
Em 2005, o governo federal estimou em 1 milhão o total de abortos induzidos por ano no país.
DESCRIMINALIZAÇÃO
A posição adotada não significa apoiar o aborto ou a descriminalização irrestrita da prática, afirma D'Ávila.
Mesmo assim, o entendimento não teve unanimidade entre os conselheiros. "Cerca de um terço foi contra", afirma João Batista Soares, presidente do CRM-MG.

Soares está no grupo que foi contra a proposta. E diz que o conselho mineiro aprovou um texto contrário à posição e o enviou ao CFM.
"Não é uma questão religiosa. Enquanto médicos, entendemos que nossa obrigação primeira é com a vida. Existem situações especiais que justificam [o aborto]. Agora, simplesmente porque a mulher não quer ter aquele filho, aí somos contra."
Para Soares, o apoio ao anteprojeto pode passar o recado que o médico está liberado para praticar o aborto.
D'Ávila discorda. "Não estamos liberando o aborto. Vamos continuar julgando os médicos que praticam o aborto ilegal, até que, um dia, o Congresso Nacional torne o aborto não crime."
Editoria de Arte/Folhapress


FONTE:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/

RODÍZIO DE ALUNO


Rio Grande do Norte faz 'rodízio' de aluno por falta de professor.

DANILO SÁ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NATAL


Com um número insuficiente de professores, a rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte decidiu adotar um "rodízio" de alunos.
Ao longo da semana, em geral, os alunos têm passado três dias em sala de aula e os outros dois em casa. O "rodízio" atinge principalmente adolescentes dos últimos anos do ensino fundamental.
O sindicato potiguar dos professores estima em cerca de 20% os estudantes do Estado atingidos pela medida. A rede tem cerca de 280 mil alunos -destes, 56 mil no rodízio, segundo o sindicato.
Nesta semana a Folha visitou algumas dessas escolas.
Uma delas é a Escola Estadual Aldo Fernandes de Melo. Ela tem cerca de 1.200 alunos, biblioteca, laboratório de informática e salas de aulas em boas condições. No entanto, faltam professores de diferentes disciplinas, e cada turma só frequenta a escola três vezes por semana.
"Cada turma fica pelo menos dois dias em casa", disse a diretora, Marluce da Silva. "Estamos sendo obrigados a escolher quais turmas terão as disciplinas", completou.




A própria diretora lembra que a medida vai contra a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), que determina o cumprimento de, no mínimo, 200 dias letivos ao ano.
Se um aluno passar todo o ano letivo nesse regime, terá tido apenas 120 dias de aula.
Segundo o governo de Rosalba Ciarlini (DEM), já foram convocados mil professores e outros 500 aprovados em concurso serão chamados nos próximos dias para tentar resolver o problema.
Na periferia de Natal, um dos alunos em "rodízio" é André Mateus Silva, 14, do sétimo ano. "Na hora que deveríamos estar aprendendo na escola estamos em casa."
Joyce Lohane da Silva, 13, e colega de sala de aula de André, afirma que a turma está se preparando para disputar uma vaga no IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte). "Como estamos sendo prejudicados, não estamos preparados [para o concurso]", disse a estudante, que sonha se formar em medicina.
INTERIOR
Segundo o Sinte-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN), o deficit de profissionais não se restringe apenas a Natal. No interior, a situação é parecida.
De acordo com números do último Ideb (Instituto de Desenvolvimento da Educação Básica), de 2011, o Rio Grande do Norte tem um dos piores desempenhos no ensino fundamental do país.
Nos anos iniciais, o Estado fica à frente apenas de Alagoas, que aparece como último colocado no país. Nos anos finais, ele fica à frente de Alagoas e empatado com Bahia, Paraíba e Sergipe.
Com 2,9 no Ideb, a rede estadual não cumpriu a meta para o 9º ano e ficou abaixo da média nacional, de 3,9.
OUTRO LADO
A Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Norte informou que foram convocados mais de mil professores para suprir a demanda. O órgão diz que outros 500 docentes concursados serão chamados nos próximos dias para compor o quadro da rede pública de ensino.
A secretária estadual, Betânia Ramalho, diz que o deficit deste ano foi causado por vários fatores, como aumento no número de aposentadorias e de matrículas --cerca de 30 mil delas só em Natal.
Para Ramalho, muitos dos professores aprovados em concurso não atenderam as primeiras três convocações, o que acabou diminuindo a quantidade de efetivos.
A expectativa é que, com a quarta chamada, os novos professores já estejam nas salas de aula em até 30 dias. Até lá, o governo potiguar pretende suprir horários vagos com "aulões" aos sábados e com a contratação de educadores para atuar em horário complementar durante a semana.
Esses "aulões" devem ser aplicados para repor o conteúdo perdido. Ainda não há previsão, porém, de quando os primeiros devem ocorrer.
No interior do Estado, o governo diz que o problema ocorre devido à falta de professores em matérias específicas, o que será resolvido com hora extra de docentes.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/educacao



BOMBRIL CHIC


Desfile com cabelo 'bombril' foi 'crítica ao racismo', diz Ronaldo Fraga

Estilista mineiro é conhecido por polemizar nas passarelas.
Coleção foi mostrada na São Paulo Fashion Week na terça-feira (19).



Modelos desfilam coleção de Ronaldo Fraga durante a SPFW nesta terça (19) (Foto: AFP PHOTO/YASUYOSHI CHIBA)
Modelos desfilam coleção de Ronaldo Fraga durante a SPFW nesta terça (19) Foto: AFP/Yasuyoshi Chiba)
O estilista Ronaldo Fraga desfilou, na noite desta terça-feira (19), sua coleção para o verão de 2014 durante a São Paulo Fashion Week, que acontece no prédio da Bienal, na capital paulista. Tendo como inspiração o futebol de várzea e a cultura negra, o desfile ficou marcado pelo uso de palha de aço no lugar do cabelo das modelos.
As perucas, que foram idealizadas em parceria com o maquiador Marcos Costa, se tornaram alvo de um debate sobre racismo, que ganhou dimensão nas redes sociais. Por conta disso, Costa publicou um comunicado em sua página oficial no Facebook, nesta quarta, esclarecendo o assunto. "Nunca foi minha intenção ou de Ronaldo Fraga ofender ou discriminar quem quer que seja. A ideia para o look do desfile era ressaltar a beleza de cabelos que podem ser moldados como esculturas, não importando o fato de serem crespos. Depois de testarmos alguns materiais, o Ronaldo Fraga sugeriu a palha de aço. Foi também uma forma de subverter um preconceito enraizado na cultura brasileira. Por que o negro tem de alisar seus fios? Eles são lindos!", declarou.
Logo em seguida, Ronaldo Fraga divulgou um comunicado, por meio da página oficial de sua assessoria de imprensa no Facebook, em que diz: "O meu desfile é uma crítica ao racismo e ao preconceito que respinga até os dias de hoje. Em nenhum momento falo em homenagem. Voltei para um tempo em que o futebol, o tema que escolhi para esta coleção, deixava de ser um esporte exclusivamente branco, de elite, para se ajoelhar diante da ginga, da dança que os negros emprestavam da capoeira pra driblar o time adversário. Tomei como objeto de pesquisa este esporte como formação de identidade, de costumes e da história brasileira. Procurei, como em outras coleções, fazer uma análise crítica e analítica sobre a influência e apropriação do futebol pelo brasileiro."
Burburinho nas redes sociais
"Ronaldo Fraga fez uma 'homenagem' aos negros em um dos desfiles. Até aí ok, o problema é que eram brancos usando bombril na cabeça. (sério)" e "no meu próximo desfile todas as modelos virão c/ assentos sanitários na cabeça em homenagem aos estilistas brasileiros (leia-se Ronaldo Fraga)" foram algumas das frases publicadas no Twitter contra o desfile.

Já o ator Alexandre Nero, que está no ar na novela "Salve Jorge", defendeu a proposta do estilista. "Agora o gado acusa Ronaldo Fraga de racismo. Por causa de palha de aço eles ignoram o passado e a obra do cara. Ah, para que eu quero descer", escreveu em seu Twitter.
O estilista mineiro é conhecido por polemizar na passarela. Em 2009, por exemplo,Ronaldo Fraga convidou modelos da terceira idade e crianças para desfilar sua coleção. Eles carregaram pequenas lousas em que se liam palavras como “linda”, “formosa” e “amor”.
FONTE: http://g1.globo.com/pop-arte/



quarta-feira, 20 de março de 2013

ENEM: A QUEM INTERESSA?


Procurador do CE vai anexar 'receita de miojo' em ação contra Enem.

Para Oscar Costa Filho, o acesso às correções é direito constitucional.
Estudante foge do tema proposto e escreve receita em redação do Enem.


O procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho afirmou que vai anexar a redação de um candidato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que descreve uma receita na ação que move contra a Ministério da Educação (MEC). Na ação, o procurador pede que seja permitido o acesso dos candidatos à correção das redações do Enem. Oscar Costa Filho também questiona como redações com “trousse”, “enchergar” e “rasoavel” podem ter obtido a nota máxima entre os corretores.

Procurador Oscar Costa Filho (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Procurador Oscar Costa Filho
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)


Na prova em questão,  um candidato fugiu do tema e escreveu uma receita de miojo (um tipo de macarrão instantâneo) em meio ao tema determinado, a "Imigração no Brasil do século XXI". “Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo”, escreveu o estudante no início do terceiro parágrafo. No parágrafo seguinte, volta a tratar de como resolver a questão da imigração no país.
Em nota, o Ministério da Educação alegou que "o texto, em sua totalidade, não fugiu ao tema, e não feriu os direitos humanos. Tampouco cabe dizer que o participante teve a intenção de anular sua redação, uma vez que dissertou sobre o tema e não usou palavras ofensivas".

Critérios
As redações são avaliadas pelos corretores do MEC, levando em conta cinco competências, com cada uma delas valendo 200 pontos. Para a elaboração dos textos, os estudantes devem demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Cada texto é lido por dois revisores. Para cada competência, o corretor atribui pontuação que varia de 0 a 1000. Depois, somam-se as notas atribuídas nas cinco competências e divide-se por cinco, obtendo-se a média. O resultado é a nota do primeiro corretor. O mesmo procedimento é realizado para obter a nota do segundo corretor. A nota final a média aritmética das duas notas obtidas. No caso de discrepância igual ou msegundo o maior a 300 pontos entre as notas atribuídas pelos dois corretores, haverá outra correção por um professor supervisor. Essa terceira nota é a que prevalecerá, de acordo com o MEC.
FONTE:http://g1.globo.com/ceara/noticia/


RACISMO: COISA DE BRASILEIRO?


"Lá fora há medo de colocar uma negra na capa", diz modelo da Victoria's Secret.

KÁTIA LESSA
DE SÃO PAULO

Há três anos, encostada em um canto do backstage de um desfile de Reinaldo Lourenço, na São Paulo Fashion Week, Laís Ribeiro era uma novata no mundo da moda. A fala mansa, em tom baixo, ainda trazia um bom tanto de sotaque da cidade natal, Miguel Alves, no Piauí. Entre um desfile e outro, não desgrudava do celular, onde espiava fotos do filho que teve aos 16 e que havia deixado com os pais para tentar a sorte em São Paulo.



ABAIXO, CONFIRA ENTREVISTA COM A MODELO LAÍS RIBEIRO:

"...Você sentiu dificuldades no mercado da moda por ser negra?
Aqui no Brasil as pessoas são mais tolerantes, mas lá fora as empresas têm medo de colocar uma negra na capa porque, na banca, vamos disputar as vendas com garotas loirinhas. É complicado..."

FONTE E ENTREVISTA COMPLETA: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/




O MÁXIMO DOS ABSURDOS


Mãe diz que filha de 12 anos foi agredida no DF por ser negra.

Quatro desconhecidas encapuzadas seriam autoras de agressão.Garota pediu para mudar de escola; GDF lançou disque racismo nesta quarta.

A empregada doméstica Márcia Pereira do Nascimento afirmou que nunca foi tão difícil sair de casa para trabalhar quanto nesta quarta-feira (20). A filha dela de 12 anos foi espancada perto de uma parada de ônibus da avenida Potiguar, no Recanto das Emas, no Distrito Federal, há dois dias. Quatro desconhecidas teriam socado, arranhado e chutado a garota por ela ser negra.

Quatro desconhecidas teriam dado socos e chutes em braços, pernas e barriga de adolescente de 12 anos porque a vítima é negra (Foto: Raquel Morais/G1)
Quatro desconhecidas teriam dado socos e chutes em braços, pernas e barriga de adolescente de 12 anos porque a vítima é negra (Foto: Raquel Morais/G1)

As agressões ocorreram pela manhã, no trajeto para a escola. Acostumada a ir sozinha, a adolescente contou ter se confundido e pegado o coletivo errado. Ela desceu na terceira parada da via para trocar de ônibus, mas antes foi abordada pelas garotas, duas delas encapuzadas. "As meninas disseram que não aceitavam negras no beco delas. Minha filha falou que tudo bem, que já estava indo embora, mas elas responderam que, como ela estava lá, ela teria que pagar pelo que fez", afirma Márcia. Enquanto as duas jovens encapuzadas a imobilizavam, as outras teriam ofendido a garota e a atingido nos braços, pernas e barriga. A adolescente disse não ter ideia do tempo que passou sendo agredida e que escolheu não reagir por medo de que elas fossem ainda mais violentas. Tudo o que a menina queria era sair dali.
"As meninas disseram que não aceitavam negras no beco delas. Minha filha falou que tudo bem, que já estava indo embora, mas elas responderam que, como ela estava lá, ela teria que pagar pelo que fez"
Márcia Pereira do Nascimento, mãe da vítima



O caso foi registrado na delegacia da região na noite de segunda. A Polícia Civil informou que não vai se pronunciar a respeito até que as agressoras sejam identificadas. Na terça, a garota passou por  exames no Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as lesões. Depois, ainda mancando e reclamando de fortes dores, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). "É muito ruim mesmo, uma dor que nem tem como descrever, você ver um filho passando por isso. Ela só chora", diz. "Ela veio me perguntar se eu a amo de verdade, do jeito que ela é. E eu a amo e a amaria sempre, mesmo se não tivesse as duas pernas. "Márcia afirmou que toda a família ficou horrorizada com o que aconteceu. Ela foi dispensada do trabalho na segunda e na terça para cuidar da filha, que também não foi à aula nesses dias. A adolescente voltou ao colégio nesta quarta para fazer uma prova de matemática. Ganhando um salário mínimo por mês para sustentar os três filhos e um neto, Márcia disse que teme pelo equilíbrio emocional da garota. "Não tenho condição de pagar um psicólogo, porque tem dias que a gente não tem nem o que comer. Ela ficou muito abalada e ainda mais reservada. Ela nunca vai se recuperar. "Nesta quarta, o governo do Distrito Federal lançou o disque racismo. Por meio do 156, a população vai poder denunciar agressões a negros, indígenas, ciganos e quilombolas.
Futuro
Muito assustada com o que aconteceu, a adolescente pediu à mãe para morar com a avó, em Samambaia. A garota disse que quer continuar estudando, mas que sente medo de frequentar o colégio atual. "Queremos transferi-la para a escola que é perto da casa da minha mãe, que aí ela vai se sentir mais segura e eu vou ficar mais tranquila. Mas depois disso que aconteceu, quero é sair com todo mundo daqui", diz Márcia. Fã de língua portuguesa, a menina disse que quer terminar os estudos e se tornar policial. O sonho dela, afirmou, é proteger as pessoas de agressões.
Outro caso
A mãe de um menino de 8 anos registrou boletim de ocorrência no final de fevereiro alegando que o filho sofreu preconceito racial dentro da escola, no Núcleo Bandeirante. Uma colega de turma teria dito ao garoto que ele nunca arrumaria namorada por ser "preto, sujo, feio e fedido". A coordenação do colégio afirmou ter conhecimento sobre o caso e disse não tolerar nenhum tipo de preconceito. O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar. Dados da Secretaria de Segurança Pública apontaram 31 registros de injúria racial em 2012 no DF.
fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/