Aqui, falamos especificamente de
Suely, a quem conhecemos de perto, a grande capacidade profissional que ela tem,
sendo em breve, referência na fisioterapia no Sertão Central, no Estado, no
Brasil e seus feitos e escritos, ainda correrão o mundo. – do autor do blog.
Fisioterapia Pós
Transplante Cardíaco.
Por
Suely Paiva de Morais
Pós-graduada em Fisioterapia na
UTI da Neonatologia ao Adulto pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
e Maria Tereza Pessoa Morano
Fisioterapeuta Doutora em
Ciências Médico Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFCE) e Docente
da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
As doenças cardíacas são as
anomalias congênitas mais freqüentes, com incidência de 8:1.000 nascidos vivos.
Sua mortalidade está entre 20% e 30% no período neonatal e as principais causas
são insuficiência cardíaca e crises de hipóxia1.
O transplante cardíaco surgiu na
década de 1960, oferecendo aos pacientes com doença cardíaca terminal uma nova
forma de tratamento. A indicação de um individuo para transplante cardíaco
passa por um rigoroso processo de seleção 2.
Dentro da evolução de crianças
portadoras de miocardiopatia, a deterioração clínica rápida, com possibilidade
de evolução com descompensação hemodinâmica, podendo chegar até choque
cardiogênico, é evento preocupante, com necessidade de medidas terapêuticas
imediatas, com ouso de agentes vasoativos, ventilação mecânica e diálise. Em
algumas situações, tais medidas não são suficientes para conter o desfecho
fatal eminente. Quando isso ocorre, o transplante cardíaco se impõe como medida
salvadora, e a procura de órgãos devem ser feita com prioridade para esse grupo
de paciente 3.
O ambiente da unidade de terapia
intensiva pediátrica (UTIP) é multidisciplinar e deve dispor de recursos para
monitoração e suporte da função de órgãos vitais. Na maioria das vezes, a
criança apresenta um quadro de instabilidade aguda, mais potencialmente
reversível.
A fisioterapia faz parte de um
atendimento multidisciplinar necessário aos pacientes internados em UTI e,
segundo a portaria do ministério da saúde nº 3.432, em vigor desde 12 de agosto
de 1998, as unidades de terapia intensiva de hospitais com nível terciário
devem contar com assistência fisioterapêutica em período integral, para
diminuir as complicações e o tempo de hospitalização, reduzindo,
consequentemente, os custos hospitalares1.
A fisioterapia é uma modalidade
terapêutica relativamente recente dentro das unidades de terapia intensiva
pediátrica e neonatal e que está em expansão, especialmente nos grandes
centros. A fisioterapia respiratória era, a princípio, considerada sinônimo de
tapotagem, a primeira técnica utilizada sistematicamente nesse período. Com o
desenvolvimento de outras manobras fisioterápicas, as possibilidades
disponíveis para higiene brônquica tiveram incremento com a drenagem postural,
vibração, compressão, e outras que podem ser utilizadas individualmente ou
combinadas entre si.