SEJAM BEM VINDOS

AÇÃO DE CIDADANIA: PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM

sábado, 20 de abril de 2013

Fisioterapia Pós Transplante Cardíaco.






Aqui, falamos especificamente de Suely, a quem conhecemos de perto, a grande capacidade profissional que ela tem, sendo em breve, referência na fisioterapia no Sertão Central, no Estado, no Brasil e seus feitos e escritos, ainda correrão o mundo. – do autor do blog.
Fisioterapia Pós Transplante Cardíaco.
Por
 Suely Paiva de Morais
Pós-graduada em Fisioterapia na UTI da Neonatologia ao Adulto pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
 e Maria Tereza Pessoa Morano
Fisioterapeuta Doutora em Ciências Médico Cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará (UFCE) e Docente da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

As doenças cardíacas são as anomalias congênitas mais freqüentes, com incidência de 8:1.000 nascidos vivos. Sua mortalidade está entre 20% e 30% no período neonatal e as principais causas são insuficiência cardíaca e crises de hipóxia1.
O transplante cardíaco surgiu na década de 1960, oferecendo aos pacientes com doença cardíaca terminal uma nova forma de tratamento. A indicação de um individuo para transplante cardíaco passa por um rigoroso processo de seleção 2.
Dentro da evolução de crianças portadoras de miocardiopatia, a deterioração clínica rápida, com possibilidade de evolução com descompensação hemodinâmica, podendo chegar até choque cardiogênico, é evento preocupante, com necessidade de medidas terapêuticas imediatas, com ouso de agentes vasoativos, ventilação mecânica e diálise. Em algumas situações, tais medidas não são suficientes para conter o desfecho fatal eminente. Quando isso ocorre, o transplante cardíaco se impõe como medida salvadora, e a procura de órgãos devem ser feita com prioridade para esse grupo de paciente 3.
O ambiente da unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) é multidisciplinar e deve dispor de recursos para monitoração e suporte da função de órgãos vitais. Na maioria das vezes, a criança apresenta um quadro de instabilidade aguda, mais potencialmente reversível.
A fisioterapia faz parte de um atendimento multidisciplinar necessário aos pacientes internados em UTI e, segundo a portaria do ministério da saúde nº 3.432, em vigor desde 12 de agosto de 1998, as unidades de terapia intensiva de hospitais com nível terciário devem contar com assistência fisioterapêutica em período integral, para diminuir as complicações e o tempo de hospitalização, reduzindo, consequentemente, os custos hospitalares1.

A fisioterapia é uma modalidade terapêutica relativamente recente dentro das unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal e que está em expansão, especialmente nos grandes centros. A fisioterapia respiratória era, a princípio, considerada sinônimo de tapotagem, a primeira técnica utilizada sistematicamente nesse período. Com o desenvolvimento de outras manobras fisioterápicas, as possibilidades disponíveis para higiene brônquica tiveram incremento com a drenagem postural, vibração, compressão, e outras que podem ser utilizadas individualmente ou combinadas entre si.