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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA INSTITUCIONAL.


ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA INSTITUCIONAL.

Reza, a nossa Carta Magna vigente, que a Segurança Pública é Dever do Estado, Direito e Responsabilidade de todos. São palavras muito fortes, no entanto, a segurança pública é o que menos funciona neste país. Agregando-se outros fatores ao modelo mais do que ultrapassado de se pensar e fazer segurança pública, num país de tamanha extensão territorial e de culturas diversificadas, temos ainda, a incompetência institucional e até pessoal, daqueles que se propõem a “assegurar” vidas e patrimônios.
É certo que, prender pessoas em atitudes suspeitas, contribuiria para o processo preventivo a criminalidade, mas nossa lei, só permite prender quem estiver em situação de flagrância, mais certo ainda, é evitar que o crime aconteça. Foi dessa situação, que tiramos o título desta análise pois, a polícia ostensiva, é eminentemente preventiva e, repressiva, somente em casos extremos.
O que acontece, é que, a polícia que deveria se antecipar aos fatos, através da presença, da farda, da sirene e da intermitente, “prefere” correr atrás do criminoso, indo na contramão do seu mister constitucional.
Ainda, a polícia judiciária, científica, de investigação, aventura-se fazendo blitzen, de forma ostensiva, deixando de lado, a pilha de inquéritos constantes em seus arquivos, indo também, na contramão da história da segurança pública.
É bem mais barato para o Estado, “encher” as ruas de policiais e viaturas, do que “gastar” com uma real educação de qualidade, não pelo valor monetário, mas pela continuação da alienação da população, a qual, sem entendimento de como cobrar dos governantes, se satisfaz com meia dúzia de policiais e uma ou duas viaturas, não cobrando sequer, a qualificação desses policiais, suas motivações, valores agregados aos salários. Veja o absurdo: “o governo vai criar um fundo para custear a educação dos filhos de policiais mortos em objeto de serviço”. Ou seja, o profissional precisa morrer para garantir a faculdade dos filhos.
Pois bem, digo-lhes que local seguro, é aquele que não tem policiamento e isso, pode ser visto a olhos nus. Senão, vejamos: você já viu viaturas policiais em ”bairros nobres”? O mínimo possível, não é? Isso, por que os chamados “bairros nobres” são muito bem estruturados, com boas escolas, bons hospitais e muitas áreas de lazer. Por isso, esses bairros têm pouco ou nenhum policiamento, pois são seguros.
Já a periferia, ou “bairros pobres”, não dispõem de boas escolas, de bons hospitais e poucas ou nenhuma opção de lazer e ainda, seus habitantes economicamente ativos (pais, mães e irmãos\ãs) mais velhos\as, passam o dia fora, trabalhando, deixando as crianças sozinhas ou com pessoas sem qualificação para orientá-las e os adolescentes, sozinhos, a mercê de todas as maldades do mundo, onde, muitos, sem um norte, uma referência, um bom exemplo, entregam-se ao uso de substâncias alucinógenas, numa vã tentativa de preencher os espaços vazios dentro de si. O resultado desse círculo, é a violência, a desilusão e banalização pela vida.
Então, o Estado, sem ter como reverter essa situação, coloca a polícia para “recolher o lixo”, quanto mais “lixo” mais polícia.
Então, local seguro é local onde não tem polícia.